Técnicos da Cedae defendem mudanças nas relações com municípios
Retomar
imediatamente o diálogo com os municípios fluminenses onde a Cedae opera
sistemas de saneamento, de forma a elaborar novos modelos de convênio que
atendam, de fato, aos interesses municipais, é a proposta dos técnicos da
Companhia. Eles são favoráveis à descentralização administrativa da empresa com
base na renovação de convênios caducos e na melhoria dos serviços de saneamento
básico do Estado.
A Aseac chama
a atenção para a importância de o governo adotar uma postura mais agressiva
para atender às exigências das prefeituras com relação a seus sistemas de
saneamento, principalmente as do interior, como única forma de acabar com a
rebelião de diversos prefeitos que querem tomar para si esses serviços.
Enquanto esse processo de reestruturação não se conclui, a Aseac defende a
adoção de um Plano de Ação Emergencial, que priorize a área comercial da Cedae
e considere, entre outros pontos, os seguintes:
·
A mudança radical das relações da empresa com o Poder Concedente
dos serviços de saneamento (os municípios) mediante o estabelecimento de
Conselhos Regionais de Gestão formados por representantes das prefeituras e da
sociedade civil organizada, único caminho para otimizar o uso dos recursos hídricos
das bacias hidrográficas do estado.
·
A reorientação da política comercial da empresa, de forma a colocar
como prioritária a relação com os clientes, ampliando o seu alcance social e,
simultaneamente, a geração de recursos.
·
A revisão da filosofia de recursos humanos da Cedae, de modo a dar
sustentação à nova política da empresa, a ser implementada por uma comissão
paritária formada por representantes dos empregados e da diretoria da empresa.
·
A primeira etapa desse plano visa recuperar a operação básica da
Cedae mediante o bloqueio das causas mais visíveis da atual crise e preparar o
caminho para a implementação da etapa posterior, enfatizando os seguintes
aspectos:
·
Os trabalhadores da Cedae, conscientes da necessidade de
modificação radical da empresa e comprometidos com tal mudança, estão certos de
que, com a aplicação da primeira etapa desse Plano Emergencial, será possível,
a curto prazo, inverter a imagem da empresa perante a opinião pública.
·
Essa inversão poderá ser avaliada por sucessivas pesquisas de
opinião junto à população do estado do Rio.
·
Tal mudança terá como premissa básica uma decisão política do
governo do estado, no sentido de flexibilizar a administração da empresa
mediante o estabelecimento de contrato de gestão, de forma a permitir maior
agilidade e competitividade, em grau de igualdade com a iniciativa privada.